sexta-feira, 1 de outubro de 2010

o autismo da existência







quebram-se os e

sp

el

ho

s

desfazem-se as ima

esquecem-se as mem

das     gens

esquecem-se até mesmo as            órias das imagens dos próprios esp

que são                               *

(só se pode ver o que refletem

–      elhos só existem na escuridão –

a não ser que sejamos nós o reflexo

a verdade incompleta porque revelada em lâminas)


já o som é a verdade de si próprio

uma vez que só pode ser ele mesmo

refletindo-se em tudo

eco (tudo é espelho do som)


certo é que incertezas se multiplicam quando

espelhos contemplam

espelhos

e o som silencia a respeito




*esta palavra é invisível no plural


2 comentários:

Anônimo disse...

Magistral, Gullo. Exponencial beleza: ritmo, disposição gráfica, mensagem, plasticidade, oralidade.
Parabéns.
Abraços,
Pedro Du Bois

AL-Chaer disse...

Fábio Gullo,

Gostei demais deste poema!

AL-Braços
Al-Chaer

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