segunda-feira, 18 de outubro de 2010

calor


para Eduardo Tornaghi


calor mesmo

só o do momento


os outros

esfriaram faz tempo


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

réquiem eletrônico




suor

soro para exame de consciência no consultório do ônibus


remorso

doença que se (a)grava no nojo do outro


suicídio

segredo guardado em noites sem sono


(estática (na) TV

réquiem eletrônico)


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Thor -- Trailer





A Marvel ainda não liberou o trailer, mas ele já está circulando na rede. Chris Hemsworth está bem no papel principal, o que já é um bom começo. Anthony Hopkins como Odin é duvidoso: eu esperaria alguém mais "casca grossa", menos sutil (Mickey Rourke?!?), mas certamente ruim é que não vai ficar. Kenneth Branagh como diretor é uma escolha inusitada e arrojada -- eu diria ótima: sua experiência no mundo shakespeariano como diretor, roteirista e ator parece de algum modo o background perfeito para o novo projeto. 

Resumindo, quem sabe não tenhamos em mãos um novo Homem de Ferro? Confiram o trailer:

http://www.trailerdownload.net/movie/thor/trailers/trailer-4200.html

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

nostalgia da rima







enquanto na vila

telhados se afogam no céu

e o horizonte salva vidas


na cidade

fora a metáfora

sobrevive a nostalgia da rima


UNRUH OU NADA PODE SAIR DE UM BURACO NEGRO EXCETO A RADIAÇÃO DE HAWKING VISTA POR UM OBSERVADOR ACELERADO MAS NÃO POR UM OBSERVADOR ESTÁTICO SEGUNDO O EFEITO UNRUH (QUE PARECE COISA DO DOUGLAS ADAMS MAS É PARA SER LEVADO A SÉRIO) E O PRINCÍPIO DE INCERTEZA, OS QUAIS ESTÃO TODOS HOLOGRAFICAMENTE INCLUSOS NA INCRIVELMENTE COMPLEXA MENSAGEM ENVIAR ESTA MENSAGEM SEM TEXTO NO CORPO DA MENSAGEM? DO GMAIL




ESOFAGITE EROSIVA DIFUSA COMPLICADA COM SINAIS DE SANGRAMENTO RECENTE (PRESENÇA DE EROSÕES LONGITUDINAIS CRUENTAS EM TODAS AS PAREDES DO ÓRGÃO)
PANGASTRITE ENANTEMÁTICA EDEMATOSA E EROSIVA GRAVE
OUTRAS ÚLCERAS

O END
OSC
ÓPIO

OBS.
CENA
EX
PELE
(H)OLOG(RAF)IA

A TRANSPAREN
TELA
SEM BRILHO
DO KINDLE

E-MAIL EM BRANCO (ENVIAR ESTA MENSAGEM SEM TEXTO NO CORPO DA MENSAGEM?)
PARA NINGUÉM (ESPECIFIQUE PELO MENOS UM DESTINATÁRIO)
SEM ASSUNTO (ENVIAR ESTA MENSAGEM SEM ASSUNTO?)
SEM ARQUIVO ANEXADO


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tarde











Houve uma tarde alguns anos atrás, dita vazia num primeiro poema.

Falava de algo entre solidão e tristeza, talvez sentimento, talvez deusa,

mas não saudades, impossível nos princípios; que escapasse

a mim pela primeira vez, à época de ofício pouco poeta, tudo bem.

A tarde vazia retornaria. A tarde retornaria vazia.


A mudança, que joycianamente se lê mudez em excesso ou soma disso e dança,  

continuaria seu trabalho de silêncio nos textos, onde diria, entre tudo o mais,

que o possível é possível sempre, mas o impossível apenas humano,

e que procurar é descobrir e aceitar que se nunca será tarde, sempre será tarde.


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

mandrágoragonia, work in progress, movimentos 1 a 4






abismar)              
                    se
                            no  mar)        
ambíngu
                           -o
(um   bi g
                          m         ar
                          A  B    is  me       spelho
de
si        m             esmo
                          a
  esmo                           cas       o          caos)
                          n   ave  
    g                   amo      
s
             -í-
                         n ti mo      stimo
a-f       ir           mar
            é                      
             preciso
                         (negamos) 
    (dizem           o s)         preci(o)so
            ne
                          cessa
            ria
                           me  n   te
            na













ser,enaindivi,dual,co,letiva,so,cialespecularprovavelfísicamentaldiscretanaturalartificialnormalexc


























epcionalcientíficareligiosasexualtemporalespacialentremente                         s
                                                       mind
                                                       esprit
pen  s.a  men t         
                                o’
(e)nd e    o en  te        
                 pensa
    (sua própria)
           existência
                            (pensa
(s   ou/e   u     dentro  da minha própria)
                cabeça)
(pensa
o
se        r
en       contra  se
em                   si   pr  
                        ópio                           
(pensa                                                            
             palavras
)mandrágora(
           m          usa
     mud   
a          g          ora
plurív               oca
in                     pura
                        po
      rém                                        (t)en  te
           e             si             a                
                   di/a-logo(s)
         no            tur            no
                        pro
gr    a  ma(r)               (u)stipústu(mu)la    r
                        mo   men  to
me                   mori 
       a            bi  s
m  a                                          (r
           (se
n’
     ou    t
ro
         se
    n
       ti
           do        
       (r) 

                poe          pris                           
d’omen            ma            gica
                     quina

                (do mundo
                     miol[h]o)
semenótico’rbjeto
de refle  ti     r
               so
bre                      
               si
n[h]o                      (s
            lê
n                             te
        ciosos
                si
g
                            nos
                si         ng
ul
                           are    s
(a)s
               si          m
é    t
                           rico   
s                          em)
líqu ido(lo)s ângulos
                           oblíquo(ta)s
(`) a exceção d’olhouvidos’
                            alice  rce
no  mi   n ativo
flagrante frágil
equilí
brio
qu
e   
ntendido
de teia
passa
à
retidão
(ó rides)
de fio              estendido
plurepoema      liz    a   ção
fluxoema
         )grita(
hilda
que
(m)
que
(m)
a    poria
nu         a
a            n
ã    o       se
r
você
nu       m
poema
sujo
          (n)u 
m
qorpo 
signo
santo
cvccv
esta
suja
puta
qu
e
se
in
si
nua
sua
trans
pira
de
mente
des
pede
se
a
d  eus
antes
cobra
ouro
euro
ora
a
g
ora
também
tu do b
em
ame
m


(v)esper(m)a
viegos
ess é
claudicante          rior
troço
de
se n    ti
do(r)
fix   ação
na
f(r)ase
onal
(segundo fr  eu  d primeiro nietszche que chupinhou schopenhauer)
af! nal
sem    pr  e(limina  res)
damos
e recebemos
anéis de compr
omisso eter     no
come  m  oramos
a passagem dos anos
não temos reservas em
d(o)ar porra
da
e n  em  so
nho paramos de
nos expre(n)ssar
geme(m)os
sissurramos
con  versamos
fal(h)amos
toda  h  ora
ção
feita
tanto fazse)
(h)a um só d  e  us
                              omnioxí(ceri)mo(ni)rio o so 
               polis se mi (co.) ta
ou a nu  mi  nu  m   eros.o.s
d  eu  ses
                              (poder
               shakespeare francês
é para ser per(di)doado)
emb
ora
de troca-tr
oca   dilhos e
dreferências dos mais variados tip  os – s  ócio-geo  gráfico-histórico-eco nô mico-cu lturais,
por ex(t)emplo – o inferno esteja lot(e)ado, haj à vista D antes, e se só isso fizesse um poema
teríamos muitas exce lentes comédias por aí e poucos pastiches, muitos cantos e
poucas cantorias, muitos Senhores Blooms peri patéticos porém p o(u)cos
McBeth’s com molho especial ou Homeletts com batatas quincas borb
arianas (de hitler e louco todo o mundo tem um pouco) e poucos
lances de sorte ao a caso (es)colhidos no bucólico escarcéu
de Valvins


Ludovoz
friofinal esp
era
c8 in te r
rom(cu)πdo
matre cic  a-triz 
mas 
oquismo
do
eter   no         in  í    
cio
am puta ção do não se
r
nas
cimento da a(u)to-cons
ciên cia.
Be to (r)ne ira do
antextáticonc  r eto(s):
corte sem sangue, de sabre de leuze


o autismo da existência







quebram-se os e

sp

el

ho

s

desfazem-se as ima

esquecem-se as mem

das     gens

esquecem-se até mesmo as            órias das imagens dos próprios esp

que são                               *

(só se pode ver o que refletem

–      elhos só existem na escuridão –

a não ser que sejamos nós o reflexo

a verdade incompleta porque revelada em lâminas)


já o som é a verdade de si próprio

uma vez que só pode ser ele mesmo

refletindo-se em tudo

eco (tudo é espelho do som)


certo é que incertezas se multiplicam quando

espelhos contemplam

espelhos

e o som silencia a respeito




*esta palavra é invisível no plural


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