sexta-feira, 28 de setembro de 2012

o fim da imaginação


...

Da fotografia à imagem digital,
o fim da imaginação e da fantasia:
sonho em preto e branco (quando lembrado)
e memórias estáticas:
custa-me esforço atribuir movimento
à sua face de mármore.

Mesmo as emoções morrem
– ataque cárdia só diante de filmes e fotonovelas –,
ou brutalizam-se em razão de fuga
– escolho não atendê-la ao identificar seu número na bina.

À noite estende-se o leito para retificar espaços curvos:
promove-se o sono,
eterniza-se o tempo
ainda;

desperto, porém, relembro: sua ligação, sonho;
na vigília, eu a atenderia;
quer dizer: aos seus desejos
...

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