domingo, 18 de setembro de 2011

Paradise City

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que sua voz me arranhasse:
agulha sua garganta, vinil minha saudades –
.............só meu seu chiado                        jazz singer
..........................gorgeous whiskey breathed nigger

.........................(outros não a sonham, não a imaginam –
.........................não a vêem de olhos fechados –; outros não
.........................a amam como poetas, não a escutam como músicos).


que o mundo se tornasse preto
& branco ante a menina
dos meus olhos – lassivíssima –,
algo Sin City, sim,
algo Santos, claro,
algo São Paulo – digo, invertido:
concreto, mar e pecado – Paradise City.

.............(travessos travestis atravessam teu Cabo de Piche a nado,
..........................sabedores da sujeira,
.............cobradores de taxas obscuras por tua obscura partitura:
..........................venderam-me este poema)


...........................para quem sua voz circundasse:
.............sereia seria sua canção, projétil minha
.............mirada de – pleonasmo – marido traído;
doce seria matar ou morrer em ti e por ti

............. s   p   a   r  a   g  m   o   s 

e assim fazemos,
amém,
morrendo de medo.


..
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