Segue um
poema que escrevi e me envergonha, tanto por minha própria parcela de vaidade,
que tento diminuir, quanto pela parcela de vaidade de muitos dos meus colegas,
por vezes beirando o insuportável. Shame
on us, pals.
nascido
indivíduo
ei-lo
portando a coroa
a feita do
ouro do orgulho
a das pedras
preciosas
(e das
atiradas contra telhados de vidro)
a da usura (Pound) e
das vaidades das vaidades
(ó poetas
propagai a Obra
não vossa face!)
amadurecido em
conflitos
ei-lo su-portando
a coroa
a das pontas
agudas
a feita de
espinhos
a do altruísmo
castigado pelo egoísmo
a do morto no
ano 33 da Era Comum
(como
Sócrates antes dEle)
a daquEle
que não deixou sequer escritos
Nosso Senhor
Jesus Cristo
(ó raro poeta
desprendido)
...
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