De sua visão
– de sua prisão –
vítrea
(vidro
invisível, água invisível),
o peixe beta
ignora a televisão vizinha;
em espelho
próximo, porém,
observa-se a
si próprio
e parte pra
briga:
achamos
graça –
rimos em
família –,
voltamos ao
silêncio a tempo
de assistir
à missa da previsão do tempo
seguida das
últimas notícias do dia –
quedas nas
bolsas, chacinas –,
Dormimos o
sono dos justos,
voltamos à
vigília,
vamos para o
serviço,
sentimo-nos
seguros,
sofisticados,
informados e,
sobretudo,
bem alimentados.
...
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