Escrever
sobre você é mais do que escrever sobre mim,
é mais do que
escrever sobre sua pele ou nela
própria
(jamais a deixei tatuar meu nome, ainda que
cifrado em Quenya),
é mais do
que escrever sobre papel ou tela ou
reter letras em lembranças
(poderia ter escrito, implicando a condição do computador como nova memória:
(poderia ter escrito, implicando a condição do computador como nova memória:
“seja a tela do computador ou a da
memória”,
ou acrescentar: “mais do que escrever e guardar de cor”,
esperando que você conheça a origem latina dessa expressão),
é mais do que apoiar folha sobre seu colo, costas ou outro canto do seu corpo,
ou acrescentar: “mais do que escrever e guardar de cor”,
esperando que você conheça a origem latina dessa expressão),
é mais do que apoiar folha sobre seu colo, costas ou outro canto do seu corpo,
é mais do que eu
poderia acrescentar a este texto na
esperança não
de lembrar mas de
esquecer eu gostaria de já não saber
mais o quê
(mera ilusão
de solidez e saliva, os lábios fechados são
claramente reta, silêncio, solidão.
(Que seus
lábios sejam círculo perfeito só quando do grito, da
dor, eis, talvez, o quê.)
...
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