Houve uma tarde alguns anos atrás, dita vazia num primeiro poema.
Falava de algo entre solidão e tristeza, talvez sentimento, talvez deusa,
mas não saudades, impossível nos princípios; que escapasse
a mim pela primeira vez, à época de ofício pouco poeta, tudo bem.
A tarde vazia retornaria. A tarde retornaria vazia.
A mudança, que joycianamente se lê mudez em excesso ou soma disso e dança,
continuaria seu trabalho de silêncio nos textos, onde diria, entre tudo o mais,
que o possível é possível sempre, mas o impossível apenas humano,
e que procurar é descobrir e aceitar que se nunca será tarde, sempre será tarde.
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