segunda-feira, 17 de maio de 2010
ame-me, ame meu salto-alto (ou amor calçado)
talvez como a ciclovia de De Guy, que assinala mais
a preferência (De Quem?) aos carros que o res-
peito aos ciclistas, o uso desenfreado do salto-alto --
em boulevards, ruas, avenidas --, se por um lado potencia-
lizou o sensual na mulher, por outro a transformou (abs-
traio pedófilos e pedólatras [pedófilatras: aqueles que
amam pés menores?]) em mera menina: sem g-
raça quando des-calça. (Pergunta a prostituta: "d-
eixo o salto?")
"Na real, cara, de cara limpa não vira." Pois é: amor
calçado, amor maquiado, amor no claro... com o perdão
de Lacan, Bauman, Baudrillard...
Aos sensores da moral (eles existem, ainda que
baixem em OVNIs e pratiquem a abdução [prática
perversa, sabe-se comumente]), fica o consolo
(ahuahauhau) de um coito com nudez parcial; aos
sacer-dotes (você sabem quem são), o de uma
indiscutível tendência global ao elevado; aos
fabricantes de calçados femininos, o de um
mercado assegurado.
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