como o grito
do gavião de B.
em V.
voando de
encontro à capela,
o latido do cão
que atropelei
em Z.
quer dizer
este seu último
lugar que ele não saberá
simbolizado
em letra e ponto simultaneamente
final e de
abreviação (de sua vida),
símbolo desse
ser que me viu chegar a si
como um deus
terrível e saudou-me com um latido,
assim como o
gavião de B. saudou com um grito
aquele deus
benevolente que lhe roubava a alma
para
aprisioná-la – eternizá-la? dádiva? – em palavras.
oxalá nossos
próprios deuses sejam mais que os deles.
Nota: baseia-se no poema O Gavião, de Yves Bonnefoy, que pode ser encontrado, entre outros, em http://www.culturapara.art.br/opoema/yvesbonnefoy/yvesbonnefoy.htm
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