...
te dou blocos de plástico
e você constrói,
que lindo,
um carrinho;
te dou um doce
e você me devolve,
que bom,
um carinho;
se te desse veneno,
você bebia
e
morria;
talvez uma solução?
de cicuta,
para manter a tradição.
meu filho, você é cego
e no entanto vive,
ainda,
como se não fosse. Quando
entender, continuará a viver,
apesar do sofrimento e da
escuridão – e todos os
significados estarão aí,
inclusive nenhum, o que
pode querer dizer, entre mil
possibilidades, que um dia
você vai morrer e eu vou
morrer e todo o mundo vai
morrer, ah, que droga
tranquilizadora mas paliativa são
os poemas, os sofismas e as ironias!
...
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