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o corpo secretor ora sua pele de panos
aos olhos alheios – talvez os seus no reflexo do espelho –, 
deseja ser fulminado mas são as mãos que vestem, 
no entanto, também as que despem e profanam – tentáculos – 
o templo, a despeito do multiplicado desejo 
em lentes potentes e zoons obscenos;
enquanto os olhos-espectro estão onde não podem estar – 
e assim dão asas à imaginação –, 
a pele envolta em mãos e membros 
é capaz de matar ou amar na ficção-epifania do estar dentro, 
da penetração no mistério supremo.
na realidade dedos manipulam metades com velcros e botões,
nas digitais o destino de um pênis envolto em zíper,
a pele da virilha depilada para perfeito escorrimento 
do sangue super-vermelho: graças a beterrabas na salada,
para bochechas bem rubras.
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Um comentário:
Uauuuuuuu!!!
Enrubreceu-me os sorrisos.
Meu acrinho, Fabio.
Samara Bassi
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