segunda-feira, 18 de abril de 2011

para bochechas bem rubras

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o corpo secretor ora sua pele de panos
aos olhos alheios – talvez os seus no reflexo do espelho –,
deseja ser fulminado mas são as mãos que vestem,
no entanto, também as que despem e profanam – tentáculos –
o templo, a despeito do multiplicado desejo
em lentes potentes e zoons obscenos;

enquanto os olhos-espectro estão onde não podem estar –
e assim dão asas à imaginação –,
a pele envolta em mãos e membros
é capaz de matar ou amar na ficção-epifania do estar dentro,
da penetração no mistério supremo.

na realidade dedos manipulam metades com velcros e botões,
nas digitais o destino de um pênis envolto em zíper,
a pele da virilha depilada para perfeito escorrimento
do sangue super-vermelho: graças a beterrabas na salada,
para bochechas bem rubras.
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Um comentário:

Quintal de Om disse...

Uauuuuuuu!!!
Enrubreceu-me os sorrisos.
Meu acrinho, Fabio.
Samara Bassi

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