A culpa é
uma casa 
habitada por
japoneses severos
(seus olhos
são secos, 
não piscam).
Um deles sempre
exigirá seu crachá,
que, você
pressente, estará em branco.
Tem a ver
com a preciosidade do sangue, 
que nutre a
vida sob pressão
e repetição
(como uma mania,
a vida 
é um vício e
uma culpa – 
todo o tempo
algo morre 
dentro de
nós e, mesmo assim, 
continuamos
vivos,
simultaneamente
sendo –
e isso é um
espanto –
a sepultura,
o coveiro 
e o assassino).
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