ent-erro

sexta-feira, 26 de março de 2010

ent-erro

este ar

a(r)mado

por (n)aves

(de guerra)

este mar

marcado

por barcos

(de guerra)

esta terra

enterrada

a sete palmos

(de carne e concreto)

2 comentários:

Anônimo disse...: Este comentário foi removido por um administrador do blog.; 27 de março de 2010 às 09:32
Anônimo disse...: com certeza, um dos melhores: na disposição das ideias, na transmissão das palavras, na condução.
abraços,
Pedro Du Bois; 27 de março de 2010 às 09:34

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?es!a

Um verso é um espasmo, de certa maneira, uma asfixia, um êxtase, uma cãibra do real.

(...)

O milagre do verso não está muito longe do relâmpago ou do silêncio no deserto da cultura.

(...)

A poesia, no sentido que lhe dá a melhor modernidade poética, não é uma ponte para outra coisa (...) Mostra-se como lugar da crise, onde as convicções se reconhecem em crise. É por instilar o veneno da suspeita (para usar figuras de Sebastião Uchoa Leite), é por instigar o “mal-entendido” (Baudelaire), e não por definir caminhos, que a poesia faz alguma diferença. Não é por antever ou por apontar aquilo que falta, mas por transformar-se no terreno ou no interregno dessa falta. A poesia é aquilo que falta.

MARCOS SISCAR, Poetas à beira de uma crise de versos

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