sexta-feira, 21 de agosto de 2009

texto genético




embora traços,

os de fisionomia

pertencem a um tempo,

não a um espaço.


as longas linhas

dos rostos de um Joyce,

de um Pessoa,

de um Drummont,

coletivas (comum biotipo),

não poderiam ser minhas.


riam no passado, gente finda,

que eu choro no presente,

e no torto do choro

enxergo diferente os versos

que vocês escreveram certo

e escrevo eu do meu jeito,

sem jeito,

incerto o incesto

de nossa orgia estética.




Um comentário:

Anônimo disse...

excelente desenvolvimento, Fábio.
abraços,
Pedro Du Bois

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