terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

onde a luz não está



onde a luz não está,

estarão os olhos?

 

estranho:

ondas

ou

pontos,

aqui

ou

ali,

onde estarei,

o que enxergo?

 

serei cego?

endosso

ou nego

o fim de

um ser,

estar,

existir,

somente de

mim para

mim?

 

quero o

outro

-- espero

--, este inseto

de quem

tenho nojo

e cuja

existência

é-me

incerteza?

 

disto estou 

certo:

haverá um

fim;

que o

outro,

se quiser

-- concreto 

ou reflexo,

ele me-smo

ou

parte 

de

mim –,

fique em

nossa

desilusão

de simplesmente

existir.


Um comentário:

Anônimo disse...

"nessa desilusão de simplesmente existir".
o contraditório em luzes de (re)descoberta: ou a dúvida duvidando de si mesma.
parabéns pelo texto.
Pedro Du Bois

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