terça-feira, 29 de setembro de 2009

s




se

(não)

se

i

que

(m)

(não)

so

(u)

(não)

so

(u)

(in)

certo

(de)

que

(m)

(não)

so

u





segunda-feira, 28 de setembro de 2009

(a)os mortos





(o apocalipse)

a morte é inevitável

(de) cada dia

talvez a desejemos

(nos dai) hoje

porque somente aos mortos

(porque) amanhã

podemos dizer tudo

(poderá ser) tarde de mais

e aos padres e psicanalistas


(aos médicos mentimos


por medo da morte


ou por medo da cura?)





prepoemaparadoxoposmoderno





agora

que a felicidade é sua

por mim

através de mim

sinto que será fecunda a culpa

pelos anos tristes

o futuro

sempr’esente

sempre guarda um suicídio

e uma carta que talvez seja escrita

e que

se for

será poesia

e um poema de amor muito pedido

e prometido

porém nunca escrito

que será

se for

(mas será (prometo)

belo embora triste

e

enfim

além do fim

as palavras desses textos

e de outros ainda inimaginados

e aquelas que agora terminam este poema





confusão





e apesar da morte

palavras

esta urgência do vivo

que é multiplicar

se

s

que é perdurar

perdurar

ok

mas por quê

se não se pressupõe o tempo como essência

então só há o que há

e tudo vale tudo

ou nada

apenas por si

ou melhor

apenas por ser

por existir

e fazer ou escrever

seja lá o que for

literatura

obituários

cartas de amor

vale o mesmo

(tudo ou nada)

apenas mais ou menos

quando visto em contexto

considere este texto

assim

perdido num blog ou num sebo

há nele um sentimento ou conceito

que talvez só existam em seus olhos

ou em minhas lembranças

ou

mais provável

que apenas sejam quando nossas dú

vidas se con

fundem

num breve beijo de lingua

gem






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