se
(não)
se
i
que
(m)
(não)
so
(u)
(não)
so
(u)
(in)
certo
(de)
que
(m)
(não)
so
u
(o apocalipse)
a morte é inevitável
(de) cada dia
talvez a desejemos
(nos dai) hoje
porque somente aos mortos
(porque) amanhã
podemos dizer tudo
(poderá ser) tarde de mais
e aos padres e psicanalistas
(aos médicos mentimos
por medo da morte
ou por medo da cura?)
agora
que a felicidade é sua
por mim
através de mim
sinto que será fecunda a culpa
pelos anos tristes
o futuro
sempr’esente
sempre guarda um suicídio
e uma carta que talvez seja escrita
e que
se for
será poesia
e um poema de amor muito pedido
e prometido
porém nunca escrito
que será
se for
(mas será (prometo)
belo embora triste
e
enfim
além do fim
as palavras desses textos
e de outros ainda inimaginados
e aquelas que agora terminam este poema
e apesar da morte
palavras
esta urgência do vivo
que é multiplicar
se
s
que é perdurar
perdurar
ok
mas por quê
se não se pressupõe o tempo como essência
então só há o que há
e tudo vale tudo
ou nada
apenas por si
ou melhor
apenas por ser
por existir
e fazer ou escrever
seja lá o que for
literatura
obituários
cartas de amor
vale o mesmo
(tudo ou nada)
apenas mais ou menos
quando visto em contexto
considere este texto
assim
perdido num blog ou num sebo
há nele um sentimento ou conceito
que talvez só existam em seus olhos
ou em minhas lembranças
ou
mais provável
que apenas sejam quando nossas dú
vidas se con
fundem
num breve beijo de lingua
gem